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Empreendedorismo e inovação se misturam em Israel

País será o próximo destino da Jornada Técnica Internacional IBGC


Para preparar os jornadeiros que participarão da 10ª edição da Jornada Técnica Internacional, com destino a Israel, o IBGC promoveu o seminário Ecossistema de Israel: Visões de empreendedorismo e pesquisa. O evento, que ocorreu em 28 de novembro, na Amcham São Paulo, reuniu figuras importantes para a inovação do país em temas relacionados a empreendedorismo, academia e pesquisa. “Israel é o segundo país com mais startups no mundo, são mais de 7 mil, e o terceiro em companhias listadas na Nasdaq. O país tem nove grandes universidades próximas a 31 incubadoras e 72 aceleradoras de startups”, informa Ricardo Roschel, coordenador da Jornada Técnica e mediador dos debates.


Segundo Ric Scheinkman, diretor da Harpia Capital, antes da fundação como Estado, Israel já percebia a importância de ter instituições fortes, especialmente na área de educação e pesquisa. A presença de universidades de excelência é um dos fatores que explica a liderança do país no desenvolvimento tecnológico. Dana Sheffer, diretora executiva do Bronica Entrepreneurship Center do Technion Institute of Technology, destaca a variedade de áreas de pesquisa e a profundidade do conhecimento desenvolvido nas academias israelenses. Para ela, outro ponto de destaque é a capacitação empreendedora dos estudantes. “Formamos líderes que criarão uma companhia ou mudarão o mundo”, diz.


Edouard Cukierman, sócio-fundador do fundo de private equity Catalyst, cita a liberdade e a independência do ecossistema empreendedor. O empresário pode atuar em quase qualquer área que identificar oportunidade de negócio. Guy Israeli, cofundador da Solomoto, plataforma de marketing para pequenas e médias empresas que atua no Brasil desde 2015, diz que a postura dos empreendedores israelenses é bastante pragmática. De maneira simplificada, Israeli explica que ao ver um problema, eles entendem o que é e o resolve. Outra característica do ambiente empreendedor é a troca constante de experiências entre startups, seus fundadores e toda a comunidade ligada à inovação, conta o cofundador.


Esse ecossistema altamente tecnológico atraiu áreas de desenvolvimento de companhias de vários países. “Mais de 370 laboratórios de empresas localizadas em todo o mundo estão em Israel, como Baidu, Microsoft, IBM e Intel”, informa Scheinkman. De acordo com ele, nos últimos anos o país se consolidou mundialmente como uma nação de startups, porém o desafio agora é tornar Israel uma sede de grandes corporações.


As universidades formam profissionais capacitados para atuar em um ambiente inovador e existe sintonia com as empresas. “Educação de alto nível e política andam juntas, têm os mesmos objetivos”, relata Regina Pekelmann Markus, professora do Instituto de Biociências da USP e vice-presidente do Grupo de Amigos do Instituto Weizmann do Brasil.


Boaz Golany, vice-presidente do Technion Institute of Technology, conta um caso que mostra como a inovação é abordada nas universidades de Israel. Em 1969, o Technion decidiu criar um curso de medicina, antecipando a convergência das ciências médicas com a tecnologia, que tornou realidade 20 anos depois. Golany informa que o Technion avalia a tecnologia quântica, que atua no nível submolecular, como a próxima tendência de inovação. A ciência quântica está sendo estudada para construção de transistores para informática, mas também se prevê sua aplicação em comunicação e construção de dispositivos minúsculos.


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