Setores são impactados de modos diferentes pela inovação
O setor de saúde deixou de ser propriedade de médicos. Profissionais digitais que dominam ciências de dados e tecnologia ganham cada vez mais espaço. A inovação começou com os instrumentos de diagnósticos, como raio-X, ultrassom e ressonância magnética. A inteligência artificial, atualmente, ajuda no monitoramento de pacientes, na identificação de doenças e no gerenciamento do sistema público de saúde. “A gestão da saúde tem mudado através da informação”, afirma Luiz de Luca, advisor no Laura.br Inteligência Artificial, robô que monitora diversos parâmetros operacionais hospitalares.
A inovação não acontece somente com uso de tecnologias disruptivas, mas com criação de produtos e serviços. É o caso da Korin. A empresa de produtos orgânicos lança centenas de novos produtos por ano. “São produtos que não existem no mercado”, relata Reginaldo Morikawa, diretor superintendente da Korin Agropecuária. O ineditismo dos produtos vira um desafio para a companhia, que precisa apresentá-los para o consumidor. Aspectos regulatórios também precisam ser superados, pois é comum não haver legislação específica sobre sua produção e comercialização.
Já as grandes corporações investem na aproximação com o ecossistema inovador. O Bradesco mantém um prédio de dez andares, em São Paulo, somente para abrigar startups. O banco criou o InovaBra Habitat para entender e participar do segmento. Marcelo Câmara, executivo do InovaBra, conta que são realizados eventos recorrentes para buscar startups no mercado. O banco também olha, constantemente, para inciativas do mercado internacional.