Inovação também impacta regulação de mercados
“Toda inovação disruptiva precisa de um novo arranjo de forças de mercado para que ela se sustente”, disse Henrique Lian, head of public affairs & media relations da Proteste. Lian participou do painel sobre impactos da inovação no relacionamento institucional durante do 19º Congresso IBGC. A interlocução da iniciativa privada com o poder público é imprescindível para regulamentações mais ponderadas. No Brasil, no entanto, passamos por um período de paralisia. Na avaliação de Walfrido Warde, sócio-fundador do Warde Advogados, a inércia decorre da falta do regramento da atividade de lobby. A imposição de regras e limites claros para a atividade de defesa de interesses traria maior segurança para os representantes da iniciativa privada e para os agentes públicos.
O mundo digital também impactou como atuam as forças de influência na sociedade. “Coalizões e movimentos podem surgir do dia para a noite como reação a políticas públicas, um momento político ou uma obra de infraestrutura”, relata Antonio Josino Meirelles, diretor de relações governamentais e sustentabilidade da Mosaic Fertilizantes. Exemplo impactante foram as manifestações de 2013 e a greve dos caminhoneiros neste ano. “Precisamos nos capacitar internamente para analisar temas complexos do ambiente externo”, diz Meirelles. A inovação impacta os departamentos de relações institucionais, em si. Luciana Freire diretora jurídica da Fiesp, contou que a federação monitora movimentos legislativo e de stakeholders por meio de uma plataforma que usa big data e inteligência artificial. O objetivo, segundo ela, é sugerir ações estratégicas para as equipes.