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Comissão de Estratégia do IBGC recebe Manoel Lemos, sócio da Redpoint eventures

Em entrevista exclusiva à IBGC em Foco, Lemos diz que tecnologia ajuda a criar valor à empresa, pois viabiliza a transformação da inteligência dos processos diários em mecanismos replicáveis

Convidado a se apresentar na reunião da Comissão de Estratégia do IBGC, realizada no último dia 7 de março, Manoel Lemos, sócio da Redpoint eventures, contou aos presentes sua trajetória em tecnologia. O empreendedor vindo de Araguari, em Minas Gerais, começou a se interessar por tecnologia aos 8 anos de idade, motivo pelo qual decidiu fazer a graduação em engenharia da computação.

“Eu tive sorte porque quando eu entrei na universidade estava nascendo a internet. A web como conhecemos hoje nasceu em 1993, quando surgiu o primeiro navegador. Quando eu me formei, me mudei para o Vale do Silício, na Califórnia, para entender o que estava acontecendo em tecnologia no mundo. Meu foco na época não era empreendedorismo, eu queria entender o que as empresas de hardware, os supercomputadores, estavam fazendo porque era a minha área de pesquisa na faculdade”, contou.

No ano 2000, Lemos fundou sua primeira startup com foco em tecnologia móvel e, a partir deste ano, não parou mais de empreender. “Fundei outra empresa em 2004. Em 2006, devido ao meu hobby de programar, comecei a estudar uma plataforma nova de programação e acabei criando um indexador de blogs, porque estava nascendo a fase do blogs no Brasil. A plataforma acabou virando a maior em indexação de blogs de língua portuguesa do mundo”, relembrou.

A plataforma foi comprada e, em 2014, Lemos virou sócio da Redpoint, onde hoje investe como anjo em empresas de tecnologias em fase inicial. “Para mim, é fácil reconhecer boas ideias nesse setor”, avaliou.

Confira a entrevista exclusiva de Manoel Lemos para a IBGC em Foco.

IBGC: A tecnologia pode ser vista como uma ferramenta de governança?

Lemos: Sem dúvida. Vamos ver cada vez mais a governança sendo suportada pela tecnologia. Não é a tecnologia que vai definir como, ela vai apenas suportar e garantir a continuidade dos processos. Os negócios estão pedindo isso, porque em quesito de compliance a tecnologia cria evidências. A tecnologia faz esse controle muito bem quando é desenhada para isso.

IBGC: A implementação da tecnologia das organizações traz uma melhora constante nos processos e assegura os controles internos?

Lemos: Hoje uma das coisas que mais traz valor para uma empresa é transformar a inteligência dos processos diários em mecanismos replicáveis, isso pode ser feito por meio de tecnologia e softwares de gestão.

IBGC: Pequenas e médias empresas deveriam utilizar uma parte de seu orçamento para investir em tecnologia e inovação?

Lemos: Depende do tipo de tecnologia, não podemos levar em conta tecnologias aventureiras. A nova tecnologia deve vir para otimizar um processo que já é feito. Em teoria, esse investimento em tecnologia irá se pagar rapidamente então, vale o investimento.

IBGC: Quais os prós e contras da segurança da informação?

Lemos: O maior problema em relação à segurança da informação é não entender como ela funciona. É muito difícil conseguir um programa 100% seguro, mas, muitas vezes, o vazamento da informação não é motivado pela tecnologia que falha, mas porque alguém levou essa informação para fora da empresa. A vantagem das questões tecnológicas é que elas deixam rastros, especialmente se elas forem desenhadas para isso. Uma vez que se adota tecnologia existe o desafio de deixar aquilo seguro, a ilusão é achar que é 100% seguro.


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