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1ª sessão: Brenda Bowman destaca a necessidade de as lideranças equilibrarem a inteligência emociona

Na primeira sessão do 4º Encontro de Conselheiros, os painelistas discutiram sobre os aspectos comportamentais do conselho de administração, especialmente sobre a inteligência emocional das lideranças. Na abertura do painel, o moderador da mesa, Alexandre Silva, presidente do conselho da Embraer, relatou a própria experiência quando assumiu o board da companhia. “No início, tive dificuldade na transição de executivo para conselheiro. No conselho de administração, você precisa ter um entendimento que todos são iguais. E o presidente do conselho tem que dar espaço para que todas as opiniões sejam colocadas, dar tempo para discussões e trabalhar para que todas as decisões sejam por consenso. Na Embraer, desde que entrei, todas as decisões foram colocadas por consenso, não colocamos nada em votação”, contou.

Tomando esse relato como gancho, Brenda Bowman, expert em Adult Learning e Materials Design, colocou na pauta do debate o desafio da transição comportamental das lideranças como aspecto de alavancagem dos negócios. Ela destacou que para ter poder de influenciar um grupo um líder precisa desenvolver habilidades que vão além das já tradicionalmente exigidas para os cargos da alta administração.

“Se fala muito que você precisa ter uma boa graduação, phd, etc, mas não se fala que o líder precisa também desenvolver a parte emocional”, citou Brenda. Mas para isso, segundo ela, a liderança precisa estar disposta a conhecer a si mesmo para lidar com o seu grupo.

Brenda cita alguns pontos atenção nessa relação. Primeiro, o líder precisa conhecer a si mesmo. Segundo, ele saber escutar, conversar e responder, não necessariamente reagir instintivamente. “O líder precisa estar confiante, mas não passar raiva, por exemplo, pois a resposta de seu grupo será o silêncio”, ensina. E completa que, além disso, é preciso escutar, bem como gerenciar relacionamentos.

Raul Calfat, presidente de administração da Votorantim, destacou o papel do chairman de olhar a questão comportamental do colegiado para viabilizar a melhor dinâmica e, consequentemente, a melhor tomada de decisão. “As características pessoais dos conselheiros influenciam muito na dinâmica e clima das reuniões. O presidente do conselho tem o papel de criar um clima de contribuição. Nem sempre os conselheiros que são mais vocais são aqueles que mais contribuem, então, é papel do chairman estimular os menos vocais a falar e saber o momento de interromper”, exemplificou.

Para ele, é preciso ficar claro que o papel do conselho é desafiar a organização para que ela supere seus objetivos. Para isso, o colegiado precisa conhecer o negócio e ter uma agenda. Brenda Bowman complementa e aconselha que essa agenda também inclua a questão da inteligência emocional para a melhor tomada de decisão e sustentabilidade dos negócios.


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