top of page

Externalidades devem ser mensuradas pelas empresas

Assunto que esteve presente na introdução da 5ª edição do Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa, as externalidades geradas pelas empresas sobre seus stakeholders foi abordado na Carta de Opinião nº 4 do IBGC, batizada de Responsabilidade Corporativa. O documento, lançado em fevereiro deste ano, recomenda que as organizações estejam atentas aos impactos de suas atividades sobre a sociedade e o meio ambiente, e vice versa.

“A responsabilidade corporativa é o tema central da Carta de Opinião, que destaca a mudança do papel do Conselho de Administração e a urgente necessidade de rever o processo e os elementos da tomada de decisão nas organizações”, considerou Roberta Simonetti, Comissão de Estudos de Sustentabilidade para as Empresas - Cese.

De acordo com o documento, pouca atenção tem sido dada às externalidades – efeitos indiretos da atuação das organizações –, o que tende a ocasionar falhas no gerenciamento de riscos. Essas falhas, em última instância, podem levar a verdadeiras catástrofes, com perdas irreversíveis para o meio ambiente, o patrimônio público e a sociedade, além de destruir o valor das próprias empresas a partir de danos na reputação, multas e prejuízos financeiros.

Nesta linha, Simonetti analisa que o posicionamento do Instituto reforça a importância da adoção de uma visão mais ampla, que considere os impactos das organizações em todas as partes interessadas e que priorize os resultados no longo prazo, elementos fundamentais no avanço da sociedade e das organizações.

“Na prática, o instituto recomenda nesta carta uma reflexão estratégica para as organizações: identificar os principais stakeholders e desenvolver estratégias e políticas específicas para cada um deles, com o objetivo de gerar inúmeros benefícios e evitar igual número de problemas”, indicou Carlos Eduardo Lessa Brandão, coordenador do Grupo de Estudos de Governança e Ética (GG) e responsável pela redação da apresentação e introdução da nova versão do Código IBGC.

Segundo o posicionamento do IBGC, a organização precisa entender seus parceiros e detectar suas necessidades, de modo a lidar com as peculiaridades desta relação de protocooperação. “A diversidade de ideias pode abrir novos horizontes e permitir maior conexão da organização com a sociedade. O novo contexto dos negócios não permite aos administradores se darem ao luxo de não fazer esse esforço”, alertou o especialista.


Recent Posts
Procure por tags
Nenhum tag.
bottom of page