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Com público de 280 pessoas, Caderno de Monitoramento de Desempenho empresarial é lançado em São Paul

Primeiro evento do ano também abordou o papel do conselho de administração no monitoramento empresarial

A fim de preencher a lacuna nas publicações sobre indicadores de desempenho empresarial no Brasil, o IBGC lançou o caderno de Monitoramento de Desempenho Empresarial no dia 08 de fevereiro, em São Paulo, para um público de 280 pessoas. (Baixe o caderno aqui.)

A publicação foi idealizada e produzida por membros da Comissão de Finanças e Contabilidade do IBGC ao longo de dois anos e meio. “A elaboração do caderno teve uma motivação, que foi elaborar um material útil, de qualidade, que fosse referência para conselheiros. Essas setenta páginas de hoje fazem parte de um todo de 350 páginas, resultado do trabalho de todos os membros da comissão”, explicou Jorge Manuel, sócio da PwC e membro da Comissão.

De acordo com ele, o caderno apresenta, por meio de capítulos, todas as principais atividades e importantes preocupações de um conselheiro, tais como demonstrações financeiras, valor agregado, indicadores de performance. “Esse caderno retrata, de fato, o dia a dia do conselheiro”, afirmou.

Já para Henrique Luz, sócio da PwC e convidado como palestrante no evento, a publicação deixa claro como o conselheiro de administração é responsável pela execução da estratégia empresarial. “Como consultor, minha preocupação maior é de que os conselhos realmente cumpram o seu papel de vigilantes da execução da estratégia de suas empresas. Um conselho funcionando bem significa menos risco e mais segurança para um auditor independente. Esse bom funcionamento nos traz um ambiente de risco menor”, exemplificou.

Criação de Valor e remuneração

Nacionalmente conhecido por propagar o tema geração de valor no Brasil, Oscar Malvessi, professor da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo no Departamento de Finanças da EAESP-FGV, também foi um dos idealizadores do caderno. Durante o evento, ele falou aos presentes sobre um dos principais conceitos da publicação.

“O conceito de criação de valor, no final da história, visa preservar o lucro do acionista. Ou seja, o dinheiro que o acionista investiu tem que retornar. E esse retorno precisa ser medido. Com isso, o conceito de lucro econômico junta todas as partes das demonstrações financeiras”, explicou o especialista. “Se existem ativos, os ativos dão resultados. Ativos são recursos, e esses recursos têm preço. Então, o dinheiro do acionista neste contexto é um empréstimo que ele faz na empresa. Se isso custa, o resultado tem que remunerar. Basicamente, tudo se fecha no processo de valor”, concluiu.

Já Fabio Cornibert, também membro da Comissão, tocou em outro ponto chave do caderno: “Os indicadores são importantes, porém, é fundamental que os funcionários da organização andem pelo mesmo caminho. É necessário vincular esses indicadores à remuneração dos executivos. É muito importante que o sistema de remuneração seja estruturado para recompensar a geração de valor. O sistema de mecanismos escolhido tem que estar vinculado à estratégia, aos valores críticos de sucesso”.

O presidente do conselho de administração do IBGC, Emilio Carazzai, definiu a publicação como “necessária”. “O caderno utiliza a linguagem universal da administração das empresas, que são as finanças corporativas. Cada empresa tem suas próprias diretrizes econômicas, utilizam seus indicadores principais, que são específicos para o negócio. Mas todos os indicadores advêm das finanças corporativas. Consequentemente, é de se exigir que os conselheiros tenham a habilidade de interpretar esses indicadores principais”, ressaltou.

Também participaram do evento Cláudio Sonder, vice-presidente executivo da Suzano Holding S.A., e Líbano Barroso, membro do conselho de administração da Estácio Participações S/A e Via Varejo. Na ocasião, eles responderam a questões sobre diversidade no conselho, efetividade do Ebitda e utilização do EVA (valor econômico agregado) no Brasil.


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