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Com apoio de órgãos internacionais, IBGC lança Curso para Conselheiros de Administração de Sociedade

Um dos assuntos prioritários do IBGC desde 2014, a governança das sociedades de economia mista – organizações cuja composição acionária tem, além do Estado como controlador, a participação de capital privado – já foi tema de Carta de Opinião, Carta Diretriz e Caderno de Governança. Agora, para incrementar as ações voltadas para empresas com esse tipo de controle, o instituto lança a primeira edição do Curso para Conselheiros de Administração de Sociedades de Economia Mista, a ser realizado entre os dias 21 e 25 de novembro, em Florianópolis/SC.

O programa do novo treinamento seguirá os moldes do tradicional Curso para Conselheiros de Administração do IBGC, ministrado desde 1998, porém, abordará as particularidades das empresas de sociedade de economia mista (SEM), que estão expostas ao dilema de atender ao interesse público com os serviços prestados e, ao mesmo tempo, gerar lucro para os investidores privados.

Para conseguir trazer respostas que auxiliem os alunos a entenderem e resolverem os dilemas apresentados pelas SEMs, o IBGC buscou a visão nacional e internacional do mercado e firmou uma parceria com o Banco Mundial (IFC) e CIPE (Center for International Private Enterprise) para oferecer o treinamento.

“O Banco Mundial permitiu que o IBGC use o toolkit sobre boas práticas de governança em estatais elaborado por ele e realizou um treinamento com os instrutores que ministrarão o curso. Já o CIPE aceitou financiar parte dos custos do treinamento, o que tornou possível a concessão de um desconto aos participantes”, explicou Adriane de Almeida, superintendente de conhecimento do instituto.

Demanda mundial

O Curso para Conselheiros de Administração de Sociedades de Economia Mista também faz parte de um projeto internacional idealizado pela CIPE, que inclui, até o momento, ações em mais dois países: Argentina, com o CIPPEC; e Venezuela, com a Transparencia Venezuela. A previsão é que ao longo da execução do projeto instituições de mais países se interessem em participar.

No mundo todo, discutem-se os riscos de que sociedades de economia mista sejam usadas como instrumento de corrupção e favorecimento de partidos políticos, podendo tanto gerar prejuízos para investidores, o Estado e a população em geral, quanto limitar o desenvolvimento de empresas privadas que atuam no mesmo setor. O projeto busca minimizar esses riscos por meio da promoção de boas práticas de governança.

Nesta primeira etapa, os parceiros da Argentina e da Venezuela estão focadas em levantar dados sobre suas estatais. “Como o Brasil já tem mais informações públicas sobre sociedades de economia mista, o foco é o treinamento. Sendo assim, já podemos partir para a ação prática de treinar os conselheiros de administração, que são os guardiões máximos da governança corporativa nas organizações”, finalizou Almeida.

“Quando há falha na governança, há impacto negativo nos negócios. Quando há uma escolha de um administrador com base em acordos políticos, por exemplo, a empresa pode se render a programas de governo e gerar ineficiência na operação, o que impacta diretamente o mercado e a população em geral”, exemplificou a superintendente.


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