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Nova publicação do IBGC visa inspirar os conselheiros a pensar estrategicamente

Com o objetivo de inspirar os conselheiros a pensar estrategicamente, o IBGC lançou, no dia 08/11, mais a publicação: O Papel do Conselho de Administração na Estratégia das Organizações. “O documento quer colocar em destaque o pensar estratégico, porque se o conselho dominá-lo, ele poderá se tornar um ativo real para a empresa”, explicou Eliana Camargo, conselheira de administração e coordenadora da comissão de Estratégia do IBGC.

O debate sobre estratégia torna-se mais importante com a aceleração das mudanças tecnológicas e sociais pelas quais passa o mundo. Para Eliana, essas transformações têm um impacto direto nos conselhos, já que entre seus papéis essenciais estão: refletir sobre seus objetivos futuros e antecipar os riscos e vislumbrar as oportunidades das organizações.

“Em um mundo que quase tudo será novo, nós esperamos um comportamento novo dos conselheiros”, avaliou Eliana. A coordenadora da comissão e do documento lembra que “o pensar estratégico só pode ser realizado pela reflexão continua sobre a estratégia”.

A publicação, como explicou Eliana durante o debate de lançamento em São Paulo, tem três temas centrais: (1) a atuação do conselho no pensar estratégico; (2) recomendações para os conselheiros sobre seus papéis e responsabilidades no debate de estratégia; e quais são as competências necessárias para assumir a responsabilidade sobre a estratégia.

“Essa publicação preenche uma lacuna que faltava ao acervo de conhecimento do IBGC, sobre a missão mais nobre do conselho: que é o debate estratégico”, declarou durante o evento Emilio Carazzai, presidente do conselho de administração do IBGC. Ele também ressaltou o importante trabalho intelectual realizado pelas comissões do instituto.

Velocidade cada vez maior

“Vocês, realmente, estão prestando atenção em quão rápido as mudanças estão acontecendo?”, perguntou John Sviokla, o líder de marketing da PwC dos Estados Unidos e um dos palestrante do evento. Sviokla, que foi durante sete anos o consultor principal para questões de estratégia e inovação da consultoria americana, enumerou algumas dessas mudanças recentes: nos últimos vinte anos, o volume do comércio internacional foi multiplicado por quatro e, no mesmo período, mais de um bilhão de pessoas saíram da condição de extrema pobreza e o mundo assistiu o crescimento dos Brics; o lançamento do primeiro IPhone completou apenas 10 anos. E, para o consultor, as mudanças continuam acontecendo e serão cada vez mais rápidas.

“Robert Lutz, ex-vice-presidente do conselho da General Motors, escreveu em um artigo em diz que, entre dez e vinte anos, a indústria de carros será completamente diferente com os veículos sendo adquiridos por empresas como Uber e Lyft e a frota formada por carros autônomos”, exemplificou.

As grandes transformações não se restringem a um setor específico. Mesmo a alimentação passa por transformações profundas. Segundo Sviokla, já conseguiram produzir em laboratório carne de ovelha. “Partindo dos genes do animal, os cientistas conseguiram sintetizar a carne. Com esse avanço, a produção de carne poderá ser separada da criação do animal”, explicou.

Nessa era de mudanças exponenciais, os conselheiros precisam pensar a todo momento sobre a estratégia da empresa. Durante a palestra, Sviokla listou quatro questões que os membros de boards brasileiros precisam fazer: entender o que a tecnologia está fazendo com os negócios em geral e, especialmente, o setor da companhia; questionar se a empresa está pronta para transformar os seus negócios para competir no mundo; descobrir se a organização possui os talentos necessários para enxergar e aproveitar as oportunidades dessas mudanças tecnológicas; e, por último, o como está a confiança na sua companhia. “Trabalhe para ampliar a confiança, porque confiança ajuda todo mundo”, disse o consultor.

Ele também defendeu que são necessários no mínimo dois integrantes, mas preferencialmente três, que compreendam como essas mudanças exponenciais podem impactam na ciência e nos modelos de negócios para garantir “uma massa crítica”. “Essas pessoas poderão educar o resto do conselho”, avaliou.


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